A Mostra Mestres Franceses tem como objetivo agregar em um único espaço parte da obra de alguns artistas que marcaram o caminho da arte moderna mundial e que sensibilizaram seus seguidores em direção à arte contemporânea. A exposição reúne 131 desenhos originais do acervo da Collezioni D'arte Camú, do Consorzio Camú da Itália e permanecerá em solo capixaba até o dia 10 de junho.
As 63 obras de Fernand Léger (1881-1955) são dedicadas a um dos temas mais tratados pelo artista - o circo -, que compara a vida a do acrobata. Influenciado por Picasso, Léger usa em suas telas traçados cubistas. Em O Circo 1950 utiliza a técnica da xilogravura, em preto e branco e em cores, com ilustrações e textos manuscritos inseridos nas gravuras. Para Léger, o que melhor representava a forma curva é exatamente a estrutura redonda do circulo, que é tomada como referência para expressar reflexões pessoais sobre a vida.
Mestre da elegância e da delicadeza, Pierre Auguste Renoir sempre deu atenção especial à forma, à plenitude da cor e à energia de suas pinceladas. Especialista em retratos, cenas da vida cotidiana e figuras nuas arredondadas, Renoir foi o primeiro impressionista a impactar seu público por meio de obras que revelam um tributo à virilidade e ao entusiasmo pela vida. Ao final de sua vida, devido à doença que o deixava com dificuldades para pintar, Renoir se dedicou à escultura. Faleceu aos 78 anos em Cagnes-sur-Mer, deixando o legado de sua arte revolucionária espalhado pelas galerias dos grandes museus do mundo. Na mostra, o visitante poderá apreciar as técnicas de litografia, água forte e ponta-seca usadas nas 11 obras expostas.
As 25 litografias em cores do artista bielo-russo judeu, naturalizado francês, Marc Chagall (1887-1895) retratam as Histórias do Êxodo. Com estilo pós-impressionista abstrato, Chagall retratou em cada gravura uma paixão vibrante pela vida, utilizando como inspiração conotações bíblicas, que retratam sua intensa busca pela espiritualidade.
As 32 obras de Edouard Manet (1832-1883) expostas no Palácio Anchieta estão reunidas de forma cronológica e representam personagens do cotidiano. As gravuras, realizadas entre 1842 e 1882 foram feitas seguindo a técnica de águas-fortes, ponta-seca e litografia. Dentre as obras expostas destaca-se a presença de Olympia, realizada a partir do quadro original do Musée d'Orsay. Essa obra marcou a ruptura definitiva com as regras acadêmicas e foi retratada para ilustrar o livro de Émile Zola, publicado em 1867.
SERVIÇO | Mostra Mestres Franceses
De terça a sexta, das 9 às 17 horas. Sábados, das 10 às 17 horas. Domingo, das 10 às 16 horas. Salão Afonso Brás. Palácio Anchieta. Praça João Clímaco - Cidade Alta - Vitória.
Olá Mônica,
ResponderExcluirTive o prazer de visitar essa Mostra,praticamente nos momentos finais e gostei muito.A cena criada na instalação estava bacana principalmente na parte do Léger. Esse Salão de exposições do Palácio tem um clima muito bom.
Parabéns pelo blog.
Ivanete