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ARTE CAPIXABA

IDENTIDADE CULTURAL





PANELAS DE BARRO
 
O ofício de confeccionar panelas de barro consta no Livro de Registro dos Saberes 
como herança histórica, artística e técnica da memória 
das artesãs da Associação das Paneleiras de Goiabeiras
No ano de 2002, o ofício tornou-se Patrimônio Cultural do Brasil 
por iniciativa do Ministério da Cultura 
e do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (IPHAN).
ONDE COMPRAR | Na Associação das Paneleiras de Goiabeiras
situada à Rua das Paneleiras, 55, Goiabeiras | Vitória
POR QUE COMPRAR | As peças e o ofício de confeccionar as panelas de barro 
representam a identidade cultural do povo capixaba.


CASACA
Esculpida artesanalmente por meio do uso sustentável de madeiras, 
a casaca reflete a influência africana na música e no ritmo das Bandas de Congo 
no Estado do Espírito Santo.
Instrumento musical de percussão, de origem indígena, 
que possui a forma de um reco-reco 
e em seu topo uma cabeça esculpida de forma humana. 
Um dos lados do instrumento possui talhos transversais 
sobre os quais se corre uma vareta, 
extraindo-se a partir desse atrito, um som único e intermitente. 
ONDE COMPRAR|Nas residências dos mestres e artesãos
e nos locais voltados para as manifestações culturais do congo. 
Mestre Vitalino | Barra do Jucu | Vila Velha |vitalinocasaca@hotmail.com
PARA SABER MAIS|Assista ao documentário "Casaca: O reco-reco de cabeça esculpida", que narra a história do instrumento e sua inserção na cultura contemporânea. 
Esse vídeo pode ser acessado por meio da página VÍDEOS, neste blog.


FOLIA DE REIS
A Folia de Reis é um cortejo popular, disseminado em países de tradição católica, 
que foi introduzido no Brasil pelos portugueses. 
Importante traço da identidade cultural capixaba, 
a Folia de Reis encena a viagem dos Reis Magos em visita ao Menino Jesus. 
No Espírito Santo, a Folia de Reis,encontra sua maior expressividade 
no município de Muqui, localizado no sul do Estado.  
Liderados pelo Capitão da Folia, os foliões seguem pelas ruas da cidade, 
reverenciando a bandeira, em visita às casas dos moradores, 
que os acolhem com doações. 
As bandeiras, máscaras, estandartes e os instrumentos utilizados no cortejo 
são produzidos artesanalmente pelos mestres e artesãos da comunidade.
PARA SABER MAIS | "Todo o universo dos cânticos, fantasias e danças da Folia de Reis, 
a tradicional festa popular de Muqui, no sul do Estado, 
está retratado no documentário 'O palhaço menino', de Leonardo Alves. 
Por meio de entrevistas com foliões e da apresentação de suas comunidades, 
o documentário busca as origens desta manifestação cultural da região, 
que abriga o Encontro de Folias de Reis mais antigos do país. 
O idealizador do projeto, o estudante de jornalismo, Leonardo Alves, 
assinala que o resultado ficou muito além do esperado: 
'Descobrimos que a folia não é uma coisa única, é um misto do Nordeste, 
com Minas Gerais e Espírito Santo. 
Ela veio de Portugal e o Brasil a transformou em algo mais rico'". 


BOI PINTADINHO
Essa manifestação cultural está relacionada com o Ciclo do Boi 
e com o desenvolvimento da pecuária desde os primeiros dias da colonização do Brasil. Faz parte do folclore da cidade de Muqui, desde a década de 1930. 
O desfile ocorre durante os dias de Carnaval, 
numa área delimitada, denominada "Corredor da Boiada". 
Cerca de vinte blocos, cada um com seu boi 
e com cerca de 200 integrantes percorrem o centro da cidade. 
O boi é feito de ferro e debaixo da armação 
um festeiro animado tem a função de rodopiar, fazendo evoluções. 
Cada boi é seguido por um grupo de foliões 
e por uma bateria que toca um ritmo bem próprio, 
uma mistura de samba com uma espécie de batucada. 
Uma das músicas tradicionalmente marcada pelos ritmistas 
convida os foliões a participarem do festejo, entoando em seus versos: 
"O boi malhado/quando sai na rua/olhando pra lua/quem nunca viu/vem ver, vem ver/
o boi malhado/brinca com você".  


CONCERTINA
A concertina é um instrumento de origem alemã, 
que veio para o Brasil no final do século XIX e início do século XX, 
com os imigrantes europeus. 
Comum nas colônias de imigrantes alemães, italianos e pomeranos do Espírito Santo,
a concertina é largamente utilizada nas festas de casamento e festejos folclóricos.
O Estado concentra o maior número de tocadores de concertina do mundo. 
Alguns municípios do Estado promovem Concursos de Tocadores de Concertina 
com o objetivo de preservar e valorizar essa tradição cultural. 
São poucos os fabricantes mundiais de concertina. 
Por isso, o instrumento tornou-se relíquia, 
conservado com extremo cuidado pelos tocadores. 


ARTESANATO EM TABOA
A taboa é uma planta aquática abundante em brejos, várzeas e manguezais. 
No Espírito Santo apresenta sua maior concentração na Lagoa de Mãe-Bá
localizada no limite dos municípios de Guarapari e Anchieta. 
Sua resistência e durabilidade levaram os artesãos do entorno da logoa 
a utilizá-la como matéria-prima para a confecção de objetos utilitários e de decoração.
ONDE ENCONTRAR | Na Associação dos Artesãos 
do Núcleo de Artesanato em Taboa (NAboa) | Anchieta | 28 9222-1235. 
A associação, criada em 2007, com a finalidade de gerar renda 
para as comunidades próximas da Lagoa de Mãe-Bá
conta atualmente com 12 associados e mais de 130 pessoas trabalhando indiretamente. Conquistou prêmios de sustentabilidade ambiental 
conferidos pelo Governo do Estado do Espírito Santo; 
o Prêmio Top 100 como o melhor grupo de artesanato do Estado, 
conferido pelo SEBRAE e o Prêmio Ecologia
concedido pela mineradora australiana BHP Biliton.
POR QUE COMPRAR | Por se tratar de um artesanato ecologicamente correto, 
que prioriza uma constante preocupação com a pesquisa, 
inovação e produção de objetos e acessórios de decoração.


ARTESANATO EM FIBRAS DE BAGAÇO DE CANA
A transformação do bagaço da cana em artigos artesanais 
representa um aproveitamento agroecológico de um material que seria jogado fora, 
o que contribui para a redução de resíduos sólidos no meio ambiente. 
O processo de produção artesanal se inicia com o cozimento do bagaço de cana, 
durante um período de seis horas, 
com o auxílio de produtos que permitem o amolecimento da fibra, tornando-a triturável. 
O bagaço cozido é lavado e alvejado para voltar à cor natural. 
Em seguida é triturado para ser transformado em polpa de papel 
ou massa para modelagem. 
As peças moldadas são expostas ao sol e,
 após alguns dias recebem acabamento com fibras naturais envernizadas. 
A atividade representa uma fonte alternativa de renda 
para os moradores da comunidade local.  
ONDE ENCONTRAR | Núcleo Artecana | Município de Conceição da Barra. 
Fundado em 2004, pela artista plástica Christine Reuter, 
o Núcleo é formado por um grupo de artesãos, 
que trabalha de forma coletiva, produzindo peças artísticas e utilitárias.
  27 3762-1336 | 27 8119-4183 | artecanaes@hotmail.com
POR QUE COMPRAR | Os objetos são produzidos dentro de princípios éticos, 
ecológicos e sociais, com geração de renda para a comunidade, 
visando a transformar a matéria-prima em cultura e arte para a sociedade.


TORTA CAPIXABA
Segundo o escritor e jornalista mineiro, radicado no Espírito Santo, Adilson Vilaça, 
os índios residentes na região litorânea do Estado tinham como hábito alimentar 
o uso de uma mistura de frutos do mar com palmito. 
Pesquisas históricas realizadas confirmam que quando os portugueses aportaram no país, 
à época do descobrimento, trouxeram consigo uma forte influência religiosa 
acerca da restrição ao hábito de comer carne durante a Semana Santa. 
Foi nesse período que acrescentou-se bacalhau à mistura de mariscos.
Nascia assim a Torta Capixaba, uma representação da junção dos hábitos indígenas 
à tradição dos colonizadores portugueses. 
Reconhecendo a importância história desta especialidade gastronômica, 
a Comissão de Folclore da Secretaria Estadual de Cultura
em parceria com a Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo
produziu um vídeo que além de contar a história da torta, também ensina a prepará-la. 


ARTESANATO EM FIBRA DE BANANEIRA
A cultura da banana sempre teve grande importância econômica para o Espírito Santo, sobretudo, para o município de Iconha, localizado às margens da BR 101-Sul. 
Com o decrescente valor comercial do fruto,
os produtores locais tiveram uma significativa redução da renda familiar. 
A saída foi a busca de alternativas para agregar um novo valor comercial ao produto. Mobilizada por um grupo de 50 pessoas, a comunidade local participou de cursos, objetivando o aprendizado da técnica, para a utilização da fibra da bananeira 
como matéria-prima para a confecção de peças de artesanato. 
Desta forma nascia, em setembro de 2001, 
a Associação de Artesãos do Município de Iconha (ASSOARTI)  
ONDE ENCONTRAR | Na Associação de Artesãos do Município de Iconha (ASSOARTI) 
28 3537-1589 | 18 3537-3402 | 28 3537-2003. 
POR QUE COMPRAR | Porque a fibra da bananeira é artesanalmente utilizada
na produção de belíssimos e diferenciados acessórios e objetos de decoração.


TICUMBI
O Ticumbi é uma manifestação étnica e ritualística, 
encontrada especialmente em Conceição da Barra, 
cidade situada no extremo norte do Estado do Espírito Santo. 
Há também uma expansão desse ritual presente na Vila de Itaúnas, 
onde ocorre a Festa de São Benedito e de São Sebastião
O Ticumbi mantém e reelabora elementos básicos da cultura negra, 
apresentando um modelo dramatizado das guerras étnicas 
presentes entre os povos da África. 
Representa as lutas entre o Rei de Congo
considerado um representante à serviço dos portugueses na África 
e o Mani Bamba, seu tradicional inimigo. 
No Ticumbi os participantes se vestem de branco. 
Usam batas longas e amarram na cabeça um capacete, ajustado sobre um lenço branco, com apliques de flores, arrematado por uma longa cauda de fitas. 
Acompanhados por tocadores de tambores e canzás, 
os participantes cantam e dançam sob a forma de um esbarrão de ombros entre os pares. Apenas os homens dançam o Ticumbi. 
As mulheres e as crianças participam acompanhando o ritual como devotos. 
Segundo a capixaba e doutora em cinema 
pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Bernadette Lyra, 
"no Ticumbi, destaca-se a figura do mestre, 
que pelo menos por muitos anos foi hereditária, 
passando de pai para filho e de tio para sobrinho. 
O mestre é respeitado pela comunidade e tem a chamada 'cadência', 
o ritmo para dispor a coreografia do grupo e também detém o 'saber' sobre o ritual".


CONGO
O congo é uma manifestação folclórica presente no Espírito Santo. 
Sua origem é anterior ao século XIX e descende dos cantos e rituais indígenas. 
Segundo o poeta e teatrólogo, Padre Antunes de Siqueira (1832-1897), 
em seu formato original, 
os participantes "acocoravam-se todos em círculo, 
batendo com as palmas das mãos nos peitos e nas coxas. 
Os cassacos (casacas), um bambu dentado, 
corrida a escala por um ponteiro da mesma espécie e tambores feitos de pau cavado, 
às vezes oco por sua natureza, tendo em uma de suas extremidades um couro, 
pregados com tarugo de madeira rija" era o instrumental utilizado pelo grupo. Posteriormente, com a introdução do elemento afro, no folguedo ameríndio, 
o conjunto musical foi acrescido 
de uma inspiração descontraída e auto-expressiva de dançar. 
Por meio de sua evolução histórica observa-se que, tradicionalmente, 
as bandas de congo são hoje formadas por um grupo de 10 a 30 pessoas. 
Só os homens tocam os instrumentos. 
As mulheres representam as rainhas e trajam vestidos longos, nas cores azul ou branco, levando à frente o estandarte com o santo de louvor, 
São Benedito, São Sebastião, São Pedro, Nossa Senhora do Rosário. 
Os congueiros entoam canções guardadas de memória 
ou improvisadas com termos e expressões africanas, 
fazendo referência a temas variados: o mar, o amor, a natureza.


DESFIADEIRAS DE SIRI
Os primeiros moradores que habitaram a Ilha das Caieiras 
foram colonos de fazendas de café e mercadores da região serrana, 
que desciam pelo Rio Santa Maria com o sonho de mudar de vida. 
Nas décadas de 1960 e 1970, como consequência do processo de industrialização, 
a região foi novamente povoada devido a implantação de uma fábrica de cal. 
A Ilha das Caieiras (que não é mais ilha devido aos aterros) é cercada por manguezais 
de onde vem os crustáceos que abastecem os restaurantes da capital capixaba. 
Desfiar siris tem um sentido de legado cultural para os moradores dessa região. 
Catado pelos homens, o ofício de desfiá-los é realizado, de maneira artesanal, 
pelas mulheres, numa tradição passada de mãe para filha. 
As desfiadeiras dedicam-se pacientemente a extrair das duras carapaças a delicada carne que serve para compor vários pratos da culinária local. 
Devido à necessidade da comunidade pesqueira da região 
em agregar valor comercial à tradição cultural 
por iniciativa de 49 mulheres que trabalhavam em condições precárias, 
nas calçadas e quintais de suas casas, fundou-se, em fevereiro de 1999, 
a Cooperativa das Desfiadeiras de Siri da Ilha das Caieiras
Na mesma época, criou-se o Restaurante Siri na Lata
num espaço concedido pela Prefeitura Municipal da Vitória.
ONDE ENCONTRAR | Na Cooperativa das Desfiadeiras de Siri da Ilha das Caieiras 
e no Restaurante Siri na Lata, localizado na Rua da Felicidade, 668 | Ilha das Caieiras 
CASQUINHA DE SIRI
INGREDIENTES
400g de siri desfiado
20 ml de azeite de urucum
130g de cebola picadinha
2 dentes de alho
200g de tomate picado
1 maço de coentro
Limão a gosto
Sal
Azeitona verde para decorar
PREPARO
Tempere o siri com sal, alho, limão e azeite. 
Aqueça a panela. 
Coloque o urucum com a cebola e depois o tomate. 
Deixe ferver. 
Refogue o siri (já temperado) e acrescente a metade do coentro e misture. 
Deixe essa mistura no fogo durante 15 minutos. 
Sirva na casquinha e decore com o coentro e uma azeitona por cima.


ARTESANATO EM CONCHAS
Em todos os balneários do litoral sul capixaba 
há uma variedade de peças artesanais feitas com conchas do mar.
As peças são exportadas para países da América do Sul e da Europa.
A matéria-prima é catada nas praias
e trazidas pelos catadores que separam por qualidade e vendem para os artesãos. 
Estima-se que 95% do artesanato em conchas comercializado no Brasil 
tem origem em Piúma.
A atividade de produção do artesanato de conchas no município 
começou efetivamente em 1962, por iniciativa da Sra. Carmem Muniz Carneiro.  
Na década de 1990 a pesquisadora e professora de Educação Física 
da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Adelzira Madeira dos Santos 
percorreu o litoral sul capixaba, pesquisando o artesanato de conchas típico dessa região, desde suas origens até o impacto que tem causado na economia, 
no meio ambiente e na vida das pessoas que dele dependem. 
A pesquisa realizada resultou na publicação do livro "O mundo encantado das conchas".
ONDE ENCONTRAR | No Núcleo de Produção e Comercialização 
de Artesanato de Conchas de Piúma (NPCA de Produtos do Mar)
localizado na Rua Vila Velha, 603 - Centro | Piúma
POR QUE COMPRAR | Os objetos são produzidos dentro de princípios ecológicos e sociais, com geração de renda para a comunidade 
num processo que transforma a matéria-prima em cultura e arte.
 MOQUECA CAPIXABA 
Em sua tradição, a moqueca capixaba reúne história e cultura. 
A panela de barro caracteriza a arte e a memória que conferem a esse prato, 
símbolo da gastronomia do Estado do Espírito Santo, 
um sabor diferenciado no contexto da culinária nacional. 
O jornalista capixaba José Carlos Monjardim (Caê Monjardim), 
lançou há anos uma frase que ilustra 
o sentimento dos habitantes do Estado, em relação ao seu prato mais famoso: 
"Moqueca, só capixaba; o resto é peixada"
A moqueca capixaba tem origem indígena 
e até o século XIX era considerada a comida típica 
dos habitantes das comunidades ribeirinhas. 
Hoje, o prato tem diferentes versões 
e está presente no cardápio de grande parte dos restaurantes locais.  
ONDE ENCONTRAR | Ver na página inicial do blog Cena Vitória,
a postagem do dia 09/01/2012,
"Saborosa Seleção: I Prêmio 'A Melhor Moqueca Capixaba'",
com a relação dos principais restaurantes do Estado que servem a iguaria.
RECEITA
INGREDIENTES
1 quilo de peixe limpo, cortado em postas (pode ser badejo, dourado, cação)
1/2 quilo de camarão
4 tomates picados
1 tomate cortado em rodelas
2 cebolas picadas
1 cebola cortada em rodelas
1 maço de cebolinha picada
1 maço de coentro picado
2 dentes de alho
3 colheres de sobremesa de colorau, diluídas em 1/4 xícara de óleo
2 bananas-da-terra cortadas em rodelas grossas
1 limão
Sal
Azeite
PREPARO
Em um pilão soque o alho
com uma colher de sobremesa de sal até virar uma pasta. Reserve.
Tempere as postas de peixe com sal e pimenta-do-reino a gosto. Reserve.
Em uma panela, doure no azeite, a cebola, a pasta de alho
e acrescente o tomate e o colorau diluído no óleo, fazendo o refogado.
Diminua a chama do fogão e coloque as postas do peixe sobre o refogado,
empurrando um pouco com a parte de trás de uma colher
para que as postas fiquem quase submersas no molho.
Regue o peixe com o suco de 1 limão.
Acomode as bananas entre as postas e deixe cozinhar por 15 minutos.
Verifique o sal e acrescente os camarões também já previamente temperados
com uma pitada de sal e pimenta-do-reino e deixe mais 5 minutos.
Coloque sobre os camarões as rodelas de tomate e cebola,
regue com azeite e espalhe a cebolinha e o coentro picados.
Abafe a panela com a tampa, deixando mais 1 minuto e desligue o fogo.
Sirva com um arroz branco e pirão.


ARTESANATO COM ESCAMAS DE PEIXE
Trabalhar com escamas de peixe é uma arte que exige paciência e habilidade. 
A matéria-prima é comprada pelos artesãos no estado bruto, 
para em seguida ser tratada até que esteja pronta 
para ser utilizada como ferramenta criativa. 
O processo é artesanal e muito trabalhoso. 
As escamas são descoladas uma a uma, limpas e secas ao sol. 
Os formatos é que determinam a maneira em que serão utilizadas. 
Em geral o ofício passa de geração a geração. 
Na região da Grande Santo Antônio, 
mais especificamente no bairro de Caratoíra, em Vitória, 
uma família de artesãos transforma escamas de peixes em belas flores. 
Tudo começou com a criatividade de dona Leonília Barbosa Paixão. 
"Em 1960, num povoado do município de Baixo Guandu, Espírito Santo, 
minha avó descobriu que poderia trabalhar com as escamas dos peixes 
que meu avô pescava. 
Após divorciar-se, mudou-se com os cinco filhos para Vitória, 
onde aperfeiçoou seu trabalho". 
Assim, Leonília dava início a uma tradição familiar, 
ensinando à filha Madalena e à neta Hérica 
a arte de usar escamas de peixes para formar pétalas de flores. 
"Transformamos as flores em renda familiar, 
criando um núcleo de produção que ocupa dois cômodos da casa de minha avó, 
gerando renda para um grupo de oito pessoas, entre filha, neta, amigas e vizinhas. 
A maioria tem o artesanato como única fonte de renda, 
que varia de um a dois salários", assinala Hérica Paixão.
ONDE ENCONTRAR | Na Rua Hernesto Caliari, 31, Caratoíra | Vitória 
herica.paixao@hotmail.com | 27 3222-3881
 POR QUE COMPRAR | Os objetos são produzidos dentro de princípios ecossociais,
com geração de renda para a comunidade,
num processo que transforma a matéria-prima em cultura e arte.
Para não afetar o equilíbrio ecológico
utilizam-se escamas de peixes que se encontram no período de pesca.


ARTESANATO DE PALHA DE CAFÉ
De subproduto, a palha do café passa a ser a matéria prima 
utilizada na confecção do artesanato regional do município de Venda Nova do Imigrante, 
localizado na região serrana do Espírito Santo,
gerando renda e melhoria da qualidade de vida
dos artesãos envolvidos no processo de criação
de peças decorativas e utilitárias de origem sustentável. 
No sul do Estado, no município de Rio Novo do Sul, 
artesãos do Núcleo de Fibras Naturais reaproveitam a palha do café, 
transformando-a em revestimentos para vários produtos. 
Atualmente sete artesãos compõem o núcleo de base familiar, fundado em 2002. 
Uma das artesãs capixabas de referência na confecção de objetos 
que utilizam a palha do café como matéria prima 
é a empreendedora individual Valdete Reis, 
que já expôs suas peças em feiras nacionais e internacionais.
Núcleo de Fibras Naturais Rio Novo do Sul | (28) 9956-8073

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