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MAPA DA CULTURA

(RE)CONHECENDO VITÓRIA









CENTRO HISTÓRICO DE VITÓRIA

O PROJETO VISITAR foi criado em 2006, pela Secretaria de Turismo, da Prefeitura Municipal de Vitória, como parte de uma política pública para revitalização do centro da cidade. A criação de roteiros turísticos, o monitoramento das visitas aos monumentos, o envolvimento da comunidade, a preservação da memória, as pesquisas e a difusão cultural fazem parte das diversas atividades desse projeto, que objetiva resgatar os caminhos da história capixaba, visando fundamentalmente promover e consolidar a memória do Centro Histórico de Vitória. Para isso, o projeto transforma a visitação ao patrimônio e o incentivo à cultura das comunidades locais em uma oportunidade de levar os moradores e turistas a conhecer os símbolos e os bens construídos ao longo do tempo. Para que as atividades do PROJETO VISITAR fossem iniciadas houve necessidade de se realizar pesquisas históricas que definissem os exatos limites territoriais do Centro Histórico de Vitória. Dentre as instituições que participaram da discussão estavam a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), a Secretaria de Desenvolvimento da Cidade (SEDEC), a Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV) e o Instituto Goia. Em consonância, essas organizações acordaram que a região denominada Centro Histórico de Vitória está compreendida desde o Forte São João até o Mercado da Vila Rubim. Essa definição foi homologada pela Secretaria Estadual de Cultura (SECULT) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Vitória era chamada pelos povos nativos do tronco tupi-guarani de Ilha do Mel. Posteriormente colonizada por portugueses foi doada como sesmaria ao donatário Duarte Lemos e, em seguida, batizada de Ilha de Santo Antônio. Somente em 8 de setembro de 1551, data oficinal de sua fundação, que a ilha recebeu o nome de Vila de Nossa Senhora da Vitória. O traçado colonial da cidade foi mantido até o século XX, quando uma série de transformações urbanas, típicas do desenvolvimento capitalista vigente, se fez presente na arquitetura e paisagem. O Centro Histórico de Vitória trás em suas ruas e edifícios a marca de sua história e de sua cultura, preservando ainda viva essa memória.

Sete monumentos de valor histórico-cultural estão inseridos no PROJETO VISITAR, que conta com monitores formados pela Escola Multidisciplinar Profissionalizante de Artes e Ofícios. Ao longo do percurso existem placas de sinalização interpretativas que convidam o visitante ao entendimento geográfico e histórico sobre os monumentos visitados. O roteiro tem a duração de aproximadamente três horas. As visitas monitoradas acontecem de terça a domingo, gratuitamente, das 9 às 17 horas, inclusive nos feriados. 

INSTITUTO GOIA
Rua Nestor Gomes, 244 | Centro | Vitória
(27) 3322-6418 | contato@institutogoia.org 

IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Com sua construção iniciada em 1795
teve sua estrutura principal erguida em apenas dois anos,
pelos membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
Uma pequena exposição localizada na igreja resgata um pouco dessa história.
São imagens e peças preservadas pela irmandade,
que realiza a famosa procissão de São Benedito até os dias de hoje.
Tombada em 1945 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN),
a igreja possui ossários em seus corredores e um cemitério lateral,
 mantendo preservado seu aspecto colonial barroco.


 ESCADARIA MARIA ORTIZ
No século XVII, a Ladeira do Pelourinho 
foi cenário de importante fato da história do Espírito Santo. 
O corsário holandês Piet Heyn 
ultrapassou a barreira do Forte São João para entrar na Vila de Vitória. 
No entanto, para surpresa do almirante e de seus homens, 
Maria Ortiz, moradora de um sobrado no final da antiga ladeira, 
articulou a resistência junto aos demais moradores. 
Assim, os invasores tiveram que recuar até suas naus, desistindo do saque. 
Em 1899 a ladeira recebeu o nome de Maria Ortiz em homenagem à jovem. 
A atual escadaria foi construída em 1924. 


CAPELA SANTA LUZIA
Capela particular da fazenda de Duarte Lemos. 
Edificação mais antiga do município de Vitória. 
Construída a partir de 1537, em pedra, cal de ostra e telhas de barro. 
Sua arquitetura em estilo colonial é destacada por linhas barrocas.
 Em 1946, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) 
fez o tombamento da capela, transformando-a em patrimônio histórico-cultural brasileiro.


CONVENTO SÃO FRANCISCO
O Convento de São Francisco teve sua construção iniciada no final do século XVI. 
A fachada da Igreja Conventual, que sofreu reformas em 1744 e 1784, 
é a única parte original que restou do conjunto, 
que formou o primeiro Convento Franciscano na parte sul do Brasil Colônia. 
Foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1884, 
juntamente com a Capela Nossa Senhora das Neves, 
erguida na primeira metade do século XIX, no terreno do antigo convento.


CONVENTO DO CARMO
O Convento de Nossa Senhora do Monte do Carmo foi fundado em 1682, 
por padres carmelitas vindos da região norte do Brasil Colônia. 
O conjunto era formado pelo Convento, pela Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo e pela Capela da Ordem Terceira, todos em estilo colonial, com linhas barrocas. 
Entre 1910 e 1913 o Convento passou por ampla reforma, 
recebendo mais um andar com roupagem eclética e influência do estilo gótico. 
Em 1984 a fachada do conjunto foi tombada pelo Conselho Estadual de Cultura.


IGREJA SÃO GONÇALO
No ano de 1707 já existia no local uma capela 
construída pelas irmandades de Nossa Senhora do Amparo e da Boa Morte. 
Em 1715 as irmandades solicitaram ao bispado 
a permissão para a construção de uma nova igreja, 
consagrada ao santo português, São Gonçalo Garcia. 
O projeto foi concluído em 6 de novembro de 1766. 
No século XX, a igreja viveu seu período áureo, 
pois por quase vinte anos serviu como sede paroquial 
e exerceu as funções de Matriz e Catedral da cidade de Vitória. 
Sua fachada e altar-mor, com detalhes em madeira pintadas a ouro 
possuem características da arquitetura barroca. 
Em 1948 foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).


 PARQUE MOSCOSO
Inaugurado em 1912, o Parque Moscoso foi símbolo da primeira era de modernização 
e embelezamento urbano da cidade de Vitória. 
Espaço de socialização, conta com lagos artificiais, chafariz e ruínas neoclássicas. 
Em 1952 sofreu algumas alterações em seu traçado 
quando foram construídas a Escola de Jardim de Infância Ernestina Pessoa 
e a Concha Acústica, exemplares representativos do estilo modernista de arquitetura. 
Em 2000, o parque foi remodelado, resgatando algumas ambiências originais. 
O conjunto foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura. 
No ano de 2012 completou seu centenário.


AINDA NO CENTRO HISTÓRICO DE VITÓRIA... 
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TEATRO CARLOS GOMES
Em 1923, o único teatro da cidade, o Melpômene, 
foi demolido depois de sofrer um princípio de incêndio. 
Na ocasião, a administração estadual assumiu o compromisso 
de erguer um novo espaço. 
Projeto do arquiteto André Carloni, o Teatro Carlos Gomes
adotou o estilo eclético de referência da época.
A construção utilizou recursos privados e aproveitou as colunas de ferro fundido 
do antigo Melpômene para a sustentação dos balcões e galerias. 
A obra foi inaugurada em janeiro de 1927.
Em 1983 foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura. 


FAFI 
Num edifício em estilo eclético, projetado pelo arquiteto tcheco-eslovaco,
Josef Pitlik, construído no governo de Florentino Avidos (1924-1928),
e inaugurado em 1926, durante o VIII Congresso Brasileiro de Geografia,
funciona desde março de 1992, 
a Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música de Vitória.
No decorrer dos anos que se sucederam à inauguração, 
o prédio foi cenário de diversas atividades.
Tornou-se inicialmente espaço institucional do Grupo Escolar Gomes Cardim.
Em 1948, com a anexação do Grupo Escolar à Escola Normal Pedro II, 
passou a abrigar o Colégio Estadual, que ali permaneceu até o ano de 1958.
Pouco tempo depois o prédio abrigou 
a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Espírito Santo.
Devido à importância sociocultural da faculdade, 
o prédio antes conhecido como Gomes Cardim, passou a ser chamado FAFI,
indicativo da inscrição da Faculdade de Filosofia. 
Teve seu tombamento histórico determinado em 1982 e,
cinco anos mais tarde foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Vitória. 
No dia 25 de janeiro de 1992, as portas da edificação foram reabertas para a população,
com o objetivo de oferecer atividades de formação
e qualificação profissional em diversas áreas artísticas.


MUSEU DE ARTE DO ESPÍRITO SANTO|MAES
O Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES)
está sediado em um prédio tombado pelo Patrimônio do Estado.
Foi projetado pelo arquiteto arquiteto tcheco-eslovaco, Josef Pitlik e concluído em 1925.
Durante o governo de Florentino Avidos sediou os serviços de Melhoramentos de Vitória,
órgão responsável pelo planejamento urbanístico da cidade. 
Posteriormente acolheu várias instituições públicas estaduais. 
Em 1987, o prédio foi cedido ao Departamento Estadual de Cultural (DEC),
que objetivando atender a uma antiga reivindicação de intelectuais e artistas capixaba
resolveu abrigar a sede de um museu. 
A formação do acervo do MAES teve início com a doação do conjunto de 75 obras 
do artista plástico capixaba que atualmente dá nome ao museu. 


RELÓGIO DA PRAÇA OITO DE SETEMBRO
Tombada como Patrimônio Histórico e Cultural do Espírito Santo em 1984,
a Praça Oito de Setembro, assim denominada desde o ano de 1911,
abriga um relógio, com torre de 16 metros de altura,
idealizado pelo artista alemão, Ricardo Schörling.
Outrora o relógio emitia a cada hora as setes primeiras notas
do Hino do Estado do Espírito Santo.
O calçamento da praça é coberto de pedras portuguesas brancas e pretas,
formando belos mosaicos. A arborização do entorno data de 1900.
O local tornou-se um dos principais pontos de concentração
e manifestação político-cultural da capital capixaba. 


CATEDRAL METROPOLITANA DE VITÓRIA
Localizada na Cidade Alta, a Catedral Metropolitana de Vitória
foi erguida quase no mesmo local da primitiva Matriz,
a Igreja de Nossa Senhora da Vitória, demolida em 1918,
por ter sido considerada pequena para comportar o crescente número de fiéis à época.
O novo projeto para a edificação da Catedral teve início em 1920.
Sua conclusão de seu somente na década de 1970.
O primeiro projeto foi idealizado pelo desenhista e paisagista, Paulo Motta.
Um novo projeto desenvolvido por André Carloni, na década de 1930
e, inspirado na Catedral de Colônia, na Alemanha, foi implementado,
aproveitando as partes já erguidas. 
Símbolo da cidade de Vitória, a Catedral foi tombada em maio de 1984,
pelo Conselho Estadual de Cultura.
Destaca-se por sua imponência e por possuir arquitetura eclética, 
com característica neogótica. 
Em seu interior pode-se observar os inúmeros vitrais 
distribuídos ao longo de suas paredes.


ESCADARIA BÁRBARA LINDENBERG
Foi construída em 1886, pelo francês Justin Norbert,
no local da antiga Ladeira Padre Inácio, que dava acesso à Cidade Alta. 
À época era iluminada por quatro lampiões a gás. 
No projeto inicial contava com seis ordens de degraus e seis planos calçados.
Atualmente é composta por quatro estátuas de mármore, 
que representam as estações do ano e, pela obra "O Menino com Delfim",
dos irmãos Pedro e Fernando Gionordoli. 
O nome da escadaria é uma homenagem à Bárbara Monteiro Lindenberg, 
irmã de Jerônimo Monteiro, ex-governador do Estado.
O acesso ao local pode ser feito pela Rua Pedro Palácios (Cidade Alta)
ou pela Avenida Jerônimo Monteiro.
A escadaria localiza-se em frente ao Porto de Vitória
e faz parte do conjunto arquitetônico do Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado.


MUSEU CAPIXABA DO NEGRO|MUCANE
Criado em 13 de maio de 1993, o Museu Capixaba do Negro (MUCANE)
é um marco da resistência da cultura de origem africana no Estado do Espírito Santo. 
Ao longo de sua trajetória, o local passou a desenvolver atividades
no campo das artes, da história, das ciências sociais e da antropologia,
seguindo a proposta da museologia atual: ser um espaço vivo e interativo. 
O prédio do museu é um dos remanescentes da arquitetura de estilo eclético do séc XX.